sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A Liberdade

A LIBERDADE – Bakunine

"Não sou verdadeiramente livre senão quando todos os seres humanos que me rodeiam, homens e mulheres, são igualmente livres. A liberdade de outrem, longe de ser um limite ou a negação da minha liberdade, dela é, pelo contrário, a condição necessária e a confirmação. Não me torno verdadeiramente livre senão pela liberdade dos outros, de maneira que, quanto mais numerosos são os homens livres que me rodeiam, e quanto mais extensa e mais larga é a sua liberdade, tanto mais extensa e mais profunda se torna a minha.

É, pelo contrário, a escravidão dos outros que põe uma barreira à minha liberdade ou, o que vem a dar no mesmo, é a sua bestialidade que é uma negação da minha humanidade, porque, uma vez mais, não posso dizer-me verdadeiramente livre senão quando a minha liberdade ou, o que quer dizer a mesma coisa, quando a minha dignidade de homem, o meu direito humano, que consiste em não obedecer a nenhum outro homem e a não determinar os meus actos senão em conformidade com as minhas próprias convicções, reflectidas pela consciência igualmente livre de todos, voltem a encontrar-se confirmados pelo assentimento de toda a gente. A minha liberdade pessoal, assim confirmada pela liberdade de todos, estende-se ao infinito..."

A LIBERDADE – Marcuse

"Só em termos negativos se podem exprimir essas formas novas, porque elas constituem uma negação das formas dominantes. Assim, ter a liberdade económica deveria significar estar liberto da economia, do constrangimento exercido pelas forças e pelas relações económicas, estar liberto da luta quotidiana pela existência, não mais ser obrigado a ganhar a vida. Ter a liberdade política deveria significar para os indivíduos que estão libertos da política, sobre a qual não têm controle efectivo. Ter a liberdade intelectual deveria significar que se restaurou o pensamento individual, actualmente afogado nas comunicações de massa, vítima do doutrinamento, significar que não há mais fazedores de "opinião pública" e não há mais opinião pública.

Se essas propostas têm um tom irrealista, não é porque sejam utópicas, é porque as forças que se opõem à sua realização, são poderosas. Há para sustentar este combate contra a libertação uma arma eficaz e durável, é a fixação de necessidades materiais e intelectuais que perpetuam formas estafadas de luta pela existência".

1 comentário:

Unknown disse...

Bakunin, assim como Proudhom, e Kropotkine, pertencia a uma loja maçónica de grande importancia. Até que ponto a liberdade que proclamavam não servia interesses -já não tão - obscuros, dos Dirigentes da teia Maçónica, intrinsecamente ligados às grandes familias Banqueiras Alemãs (Rotchild, etc.. ) que precipitaram as grandes guerras e financiaram sempre ambos os lados das carnificinas ? As mesmas familias que ainda hoje governam o Mundo (em conjunto com umas "novas" do petroleo como os Rockefeller), possuindo amplas fatias do Banco de Inglaterra, da Reserva Federal Americana, e guardiões do $$ do Vaticano ?
Até que ponto o "anarquismo", tal como o "comunismo", não foi um simples peão no tabuleiro milenar do verdadeiro Poder ?
Saúde e Alegria!