quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

balanceando III


No domingo 9 decorreram as actividades lúdicas. Com a poesia que a todos comoveu, um esplêndido jantar africano com 106 pessoas, a capoeira oriunda dos escravos do Brasil e com a música carregada de simbolismo e trazendo consigo a solidariedade e generosidade dos diversos intérpretes.

Por tudo aquilo que se passou, sem embandeirarmos em arco, entendemos que valeu a pena. Demonstrou-se mais uma vez, que um pequeno grupo de pessoas decididas, pode levar à prática iniciativas positivas, parceiras da liberdade, não contando com mais apoio do que o proveniente da enorme generosidade e solidariedade dos amigos. Por isso iremos prosseguir, com a escravatura, com a miséria actual, com a liberdade e muito mais. Em Fevereiro contamos lançar uma brochura/disco com as diferentes comunicações. Uma vez mais confiantes na colaboração de todos os que entendem que outro viver é possível.

balanceando II


No dia 8, numa sala cheia e animada, a assistência escutou as intervenções e dialogou com os membros da mesa, coordenada pelo sociólogo António Dores, e contando com os historiadores Teresa Neves, Paulo Guimarães e o jovem LBC, morador num bairro predominantemente africano - a Cova da Moura.



Foram abordadas as questões da escravatura, a sua origem e consequências, bem como a situação actual de pauperização e dependência de grande parte da população, numa sociedade em que a escravatura está ausente, mas onde a exploração assume formas bem cruéis de marginalização.

balanceando I

No fim de semana de 8 e 9 Dezembro, a Tertúlia Liberdade (tertulialiberdade.blogspot.com), tomou a iniciativa de assinalar esta data - fez 2 séculos que a Câmara dos Lordes inglesa aboliu oficialmente o hediondo tráfico de escravos.

Esta celebração tornou-se possível com a graciosa colaboração dos diversos artistas, Maria das Graças e Pedro Mota na Poesia, Mestre Chá Preto na Capoeira, e os músicos José Mário Branco, Naidy Barreto, Tino Flores, Cantadores da Rusga, Couple Coffe e Kova.M.Most. Muitos amigos nos apoiaram e tornaram possível este evento, como a Joana Viegas na concepção do cartaz, as Livrarias Letra Livre, Ler Devagar e Eterno Retorno, a Editora Deriva, os Jornais Conversas de Café e Mudar de Vida, o Alain Vachier e o Vítor Sarmento no som, a D. Fátima e os seus filhos nos cozinhados e muitos mais que se solidarizaram com a iniciativa.

A nossa Tertúlia entendeu que se tornava imperiosa esta abordagem num país em que a escravatura foi fundamental, facto que os diferentes poderes, procuram escamotear.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Bom Ano no caminho da utopia

NO CAMINHO DA UTOPIA

A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

Eduardo Galeano