Quando Passos Coelho garante
sermos um exemplo de mansidão, procurando
anestesiar-nos e conduzir-nos pela trela ao açougue em que a Troika e os
bancos nos imolam, chegou a ocasião de apoiarmos a luta exemplar do povo grego.
As enormes manifestações, greves
e combates de toda a ordem, têm despertado a consciência popular, traduzida,
além do mais, na recusa dos partidos da
Troika, os dos sacrifícios do povo e mordomias dos poderosos que, lá como cá e
por todo o lado, formaram um gangue
internacional do poder económico e dos serventuários políticos, para nos destruírem
aquilo que com tanto esforço conquistámos.
Com o alibi da dívida, contraída
por eles nas nossas costas, esmagam-nos para aumentarem os seus lucros. É isso
que o povo grego tem repudiado.
No próximo domingo, dia 17,
realizam-se eleições na Grécia e, embora a solução para o desespero que o
gangue do capital provoca seja inalcançável através das instituições vigentes,
sabemos que estas são eleições extremamente importantes. Aí se joga o futuro da
Grécia, entre as ordens da Troika e um cortejo de miséria, ou a sua recusa.
De um lado aqueles que, como por cá, aceitam conduzir o povo à miséria para benefício dos
mesmos de sempre, do outro lado o Syriza,
nova organização em que o povo confia
perante a sua recusa na aceitação das ordens da agiotagem. Se vencer, poderão
abrir-se portas para novos avanços populares. A corja que nos governa nem
sequer respeita as suas próprias leis, o Syriza pretende cumpri-las.
O resultado das eleições terá
efeitos em toda a Europa, muito particularmente em Portugal. Se o Syriza
vencer, abrem-se novas perspectivas para uma luta crescente no nosso país. Se
for a vitória dos partidos da Troika, esperam-nos novas e mais gravosas medidas
de empobrecimento.
A TERTÚLIA LIBERDADE E OS SEUS
AMIGOS ADEREM À CONCENTRAÇÃO NO ROSSIO, NO DOMINGO 17, A PARTIR DAS 17H.
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