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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pró-Comissão de Amigos de Somonte

A Tertúlia Liberdade lança a criação de uma Pró-Comissão de Amigos de Somonte.

Pretendemos com isso divulgar e apoiar essa iniciativa dos camponeses andaluzes, com os quais estivemos há 3 meses, e do seu sindicato, autónomo e de acção directa, o SAT - Sindicato Andaluz de Trabalhadores.
Em Somonte, perto de Córdoba, camponeses e desempregados ocuparam há 8 meses uma quinta do Governo Regional, ao abandono e com  mais de 400 hectares. Ali habitam, labutam e vivem do que a terra dá. Aos poucos vão edificando um mundo novo e solidário, seguindo o exemplo do que há anos fizeram em Marinaleda, mas as condições são difíceis.  Precisam agora de sementes e alimentos, para suprir as carências das colheitas de Inverno. Iniciamos, conforme sua sugestão, a angariação de sementes e donativos monetários para enviar  enviar directamente a Somonte, de forma a possibilitar aos seus residentes a compra de alimentos.

 
Reportagem sobre Somonte (ca. 14 min.): http://youtu.be/S3UFo9fztIA

Todo o apoio a Somonte será muito bem recebido. Caso seja sob a forma de uma doação em dinheiro, os dados são estes:

N.º de conta: Banco SOC POSADAS
Titular: Sindicato de Obreros del Campo y Medio Rural
Códico da conta: 02370053909160548289
Entidade: BBK BANK CAJASUR S.A.U.
Balcão: Posadas-Gaitan; C/ Gaitan, 22 Esquina a C/ Mesones, Posadas.
IBAN: ES42 0237 0053 9091 6054 8289
BIC: CSURES2CXXX

Para mais informações, vejam o site www.somonte.net ou contactem-los pelo e-mail somontepalpueblo@gmail.com. Podem também contactar a Tertúlia Liberdade através do e-mail tertulia.liberdade@yahoo.com.

Toda a colaboração será importante para levarmos a cabo a criação do Comité de Apoio a Somonte.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A democracia directa na actualidade - o que se faz agora

A Tertúlia Liberdade convida todos os amigos a participarem na sessão que iremos promover na próxima sexta-feira, dia 23 a partir das 18,30 h na Biblioteca/Museu da Republica e Resistência (Bairro Grandela) na Estrada de Benfica, 419 (Metro Alto dos Moinhos).

Esta é a terceira e última Conferência/Debate sobre a Cidadania Hoje e a actualidade da Democracia Directa, que defendemos. Esta sessão será dedicada a experiências práticas e actuais de auto-gestão e democracia directa.

Haverá várias comunicações sobre movimentos que na actualidade seguem este modelo de organização. A coordenação do debate será feita por um membro de uma experiência rural actual e conseguida no Alentejo, a Aldeia das Amoreiras. Teremos ainda um espaço dedicado à apresentação de outros projectos semelhantes.

Quem tiver conhecimentos de experiências actuais que estejam a resultar, é convidado a dar a conhecê-las nesta sessão. Assim como, aqueles que tenham projectos futuros deste tipo, terão neste encontro a oportunidade para expor as suas ideias e encontrar parceiros.

                                               AGRADECE-SE A DIVULGAÇÃO

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Na Andaluzia com o SAT (Sindicato Andaluz de Trabalhadores)


A Tertúlia Liberdade e amigos estiveram nos primeiros dias de Novembro na Andaluzia. Tratou-se de mais uma visita ao Sindicato Andaluz de Trabalhadores (SAT) para conhecer os avanços das lutas nas cidades e campos da Andaluzia.

O primeiro dia foi passado em Somonte, uma quinta ocupada pelos trabalhadores rurais nos arredores de Palma del Rio. Vigiados pela Guardia Civil, que já tentou desocupar a quinta, os visitantes acompanharam o dia-a-dia da vida desta exploração agrícola onde agora se constrói a utopia.

Seguiu-se Marinaleda onde visitámos a cooperativa de Los Humosos e uma fábrica de transformação de produtos vegetais. Estivemos ainda na sede do Ayuntamento e no Bairro de Autoconstrução testemunhando formas diferentes de fazer política autárquica e de habitação.

Em El Coronil fomos recebidos por Diego Cañamero, porta-voz do SAT com quem trocámos impressões ficando a conhecer os novos desafios que se colocam ao sindicato e à luta que vem travando há mais de três décadas. Em quase duas horas passou-se em revista as recentes ocupações de terras, as questões relacionadas com a produção agrícola nas diferentes cooperativas, o nacionalismo andaluz e os projectos para um futuro que se quer de luta na construção de um mundo novo.

O último dia foi passado em Sevilha, com a Corrala de Vecinas La Utopia. Trata-se de uma comunidade de famílias de desempregados, de desalojados que perderam as suas casas e de gente pobre que ocupou um prédio, propriedade dum banco, mas que se encontrava devoluto no centro de Sevilha. Ali moram e resistem sem água, sem luz… e sem medo.

Foram quatro dias de intensos contactos e de recolha de materiais que vamos agora dar a conhecer por cá. Porque há outras formas de fazer sindicalismo que merecem ser apoiadas e divulgadas.
Espreita os pormenores da visita aqui.                           

domingo, 21 de outubro de 2012

Autogestão, Cooperativismo e Apoio Mútuo em Debate


A Conferência/Debate - Autogestão, Cooperativismo e Apoio Mútuo integrada no Ciclo "A Cidadania Hoje - Possibilidades para a Democracia Directa" irá decorrer no próximo dia 26 de Outubro pelas 18,30 h na Biblioteca/Museu República e Resistência no edifício Grandela, Estrada de Benfica nº 410 muito perto da Estação de Metro do Alto dos Moinhos.

O conferencista será o economista Vítor Lima que nos fez chegar um resumo da sua comunicação.

O capitalismo no pós-guerra assumia duas formas típicas essenciais: O modelo do capitalismo monopolista, de matriz keynesiana, com um Estado intervencionista no apoio e financiamento do sector privado e o modelo do capitalismo de Estado assente no planeamento centralizado, onde o Estado constituía o nó por onde passava toda a decisão económica.

O primeiro, no chamado Ocidente, evoluiu para o neoliberalismo, com a preponderância do capital financeiro, que se veio a apoderar dos Estados, federando-os e tutelando-os através de órgãos internacionais ou pluri-nacionais, longe de práticas democráticas.

O segundo, apesar do desmembramento da URSS, continua pujante, evoluindo para situações de forte ligação  com as multinacionais e os capitais privados nacionais, mantendo-se a democracia fora da agenda.
Politicamente, a anterior clivagem formal entre capitalismo e socialismo, perdeu atualidade e os reajustamentos estratégicos forneceram caricaturas democráticas para embrulhar os diversos modelos económicos – partidos, eleições, autoritarismo, repressão, com uma viçosa corrupção funcionando, expressamente, como tal ou, sobre a forma legalizada do “lobbying”.

Se os vários modelos actuais do capitalismo se mostram incapazes de satisfazer as aspirações da multidão, para mais, inflacionadas pela indução do consumismo, também os modelos de organização e representação política funcionam como claramente inibidores de expressão democrática. E desse descontentamento surge uma nova simpatia por fórmulas democráticas de gestão da produção (autogestão) e decisão sobre a vida pública (democracia direta), que urge precisar, desenvolver e expandir.